quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Férias e livros


Férias para mim têm forçosamente de rimar com livros. Longe está, porém, o tempo em que os devorava. Só na época em que vivi em Cabo Verde li para cima de uma centena, já que pouco mais tinha para fazer.
As leituras que hoje faço têm quase todas que ver com a minha profissão. Mas não nas férias: aí desforro-me e leio por mero prazer. Já perdi a conta às centenas de livros que li. Uns esqueci-os instantaneamente, outros fazem parte de mim. E há histórias com as quais nos identificamos tanto que, tivéssemos nós o engenho, poderiam ter sido escritas por nós. Outras desejávamos que fossem as nossas próprias histórias.
Os livros da minha vida constituem uma lista curta, que a minha exigência é elevada. "Para sempre", de Vergílio Ferreira, está no topo da mesma. É para mim o melhor romance português de todos os tempos. E como eu gostava de ver por essa blogoesfera fotos deste livro pelos quatro cantos do mundo, mas é o país que temos e é com esta realidade que temos de viver, não deixando de respeitar quem prefere esse tipo de leituras e os seus autores. Isto é como tudo na vida, há gostos para tudo e ainda bem que assim o é. Custa-me apenas ver o desprezo que é demonstrado pela verdadeira arte que se faz no país. E, elitismos à parte, o importante é que a leitura nos traga prazer e se assim o faz é porque está certo.
O último livro que li foi MUITO EXTENSO, mas a história é interessante, se bem que o final... É o segundo livro que leio do José Rodrigues dos Santos, que é, para quem não sabe, o autor português mais vendido por cá. Não sendo fã (gosto mais de outros autores contemporâneos como Miguel Sousa Tavares ou Valter Hugo Mãe), lesse bem, constrói boas histórias, não tendo uma escrita muito elaborada, como prefiro.
Mas ó José filho, quase 700 páginas, nunca mais! Nem digo o tempo que isto me levou, para não ficar envergonhada. 

1 comentário:

IsabelCunha disse...

Já li há muito tempo, e gostei... costumo gostar sempre ( já li todos os livros dele), dá para entreter! Mas prefiro Jose Luis Peixoto, Joao Tordo...