quarta-feira, 21 de julho de 2010

Muito triste e consternada

É assim que eu estou.
Enquanto a peça jornalística recordava um acidente, não quis acreditar no que os meus olhos viam: em 16 de Setembro de 2009, mostrava a peça, 7 jovens morreram num acidente de viação em Penafiel. Começam a aparecer as fotos das vítimas e reconheci-a de imediato: Cláudia Cancela, 19 anos. Foi minha aluna em 2007. Não quis acreditar. Fiquei num profundo estado de choque e ainda estou.
Ao que parece, as 7 jovens tinham regressado à escola naquele dia. Uma delas que entretanto tirara a carta, levou uma carrinha Renault Kangoo sem autorização dos pais e deu boleia às restantes 6. Despistaram-se e embateram num outro veículo. Tiveram morte imediata. 7 vidas que se perderam. Vi as imagens na internet, ainda não consigo acreditar.
Nunca vou esquecer a turma da Cláudia. Uma turma do 9º ano de 30 alunos, 26 dos quais raparigas. Eram muito bem dispostos, cooperantes, uns amores. Adorava aquela turma. Tive imensa pena de os deixar, foi das melhores turmas que encontrei. Recordo que tivemos muitas conversas educativas, preocupava-me muito com elas porque eram cheias de vida, namoradeiras e aventureiras. Tentei sempre alertá-las para os perigos do mundo. Temi sempre que algo lhes acontecesse... não podemos mesmo salvá-los a todos...
Recordo o seu olhar doce e o seu rosto meigo. Era uma menina tão querida, tranquila, sonhadora, romântica. Lembro-me dela falar no último dia de aulas que ia para um curso. O destino dela, como o nosso, já estava traçado. Uma vida ceifada tão precocemente. Não é justo, nunca é.
Estou tão triste...lamento por tudo o que não pudeste viver. Descansa em paz, minha querida. Até um dia.

domingo, 18 de julho de 2010

2º Aniversário

Na sexta, enquanto brincávamos, perguntei-te: "-Tomás, amanhã quantos anos fazes?". Muito naturalmente respondeste, sem hesitações: "- Dois!", assim, bem dito e com toda a convicção. Naquele momento percebi o quão crescido estás e que o bebé de outrora é definitivamente um menino. Mais uma vez o cordão que um dia nos uniu foi cortado, tem sido assim, todos os dias.
Cresceste. E contigo crescemos também. E ver-te crescer é a maior bênção que poderíamos ter recebido.
Sabemos que um dia teremos saudades destes tempos, em que tudo o que precisas é de um afago e de um colo caloroso para te sentires feliz. Por isso, tenho vontade de registar todos estes momentos nossos...na certeza de que serão neles que um dia, quando ganhares asas e nós não formos mais o teu epicentro, ancoraremos todas as nossas emoções.
Vais ser sempre o nosso bebé. Amamos-te muito, filho querido.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A 3

O nosso fim-de-semana foi, apesar do bom tempo, indoors, a três.
Optámos por ficar por casa, porque a semana foi difícil: Tomás doente desde 3ª-feira e pai ausente desde 4ª-feira por motivos profissionais. O pai voltou na 6ª-feira depois de 3 dias na Alemanha(viu lá o grande jogo e assistiu ao desânimo dos alemães) e nós queríamos matar saudades. O pequeno no decurso dos 3 dias perguntou várias vezes: "Mãe, o pai? On' tá?", tadinho, sentiu a ausência! Mas, como em todas as viagens, é bom regressar a casa e estarmos em família. E logo nós que somos muito dependentes uns dos outros.
No sábado, pai e filho dormiram até tarde. Almoçámos cedo e à tarde foi ver todas as séries de televisão que nos apeteceu, até nos empanturrarmos!
Ontem precisávamos de sair de casa! Aproveitámos e fomos comprar um dos presentes de aniversário do Tomás e os calções de banho para a praia. E os saldos começaram mesmo! Era gente por todo o lado...
Almoçámos nos avós e passámos lá parte da tarde. Quando regressámos ao nosso ninho o Tomás adormeceu. Eu e o pai vimos, com um saco de 430 gramas de M&M's vindos directamente de Munique ao nosso lado, o "Lua Nova", a sequela do "crepúsculo". E não é que ando viciada no "raio" da série vampiresca e já não me aguento para ver o "Eclipse"? Sempre fui uma sentimentaloide de primeira e não perco uma lamechice, adoro histórias de amores impossíveis. Um dia destes ainda escrevo um livro.
Hoje o petiz ainda ficou comigo, só porque sim...apeteceu-me lamber a minha cria mais um dia. Amanhã voltamos às rotinas, com mil e uma tarefas para cumprir.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Susto e últimas

No sábado passámos por um episódio que não lembra ao diabo. Fomos os 3 às compras, coisa rara por estes lados, pois costumo fazer as compras de supermercado durante a semana e sozinha. Não gosto de confusões, de filas, de miúdos a chorar, logo evito sempre ir com o Tomás. porém, tenho tido imenso trabalho e não tive alternativa, até porque na véspera fui assistir à aula de música do petiz. A professora abriu a aula aos pais e fiquei muito vaidosa do meu tesouro, que fazia todas as coreografias. O programa está muito bem conseguido e vale a pena o investimento que temos feito nesta actividade.
Voltando ao supermercado, tudo correu normalmente, com o Tomás a querer a abrir todas as embalagens ainda antes de chegar à caixa. Até aqui tudo bem. Quando chegámos a casa, o pai abriu a porta e eu fiquei no sensor do elevador à espera que o pai tirasse todos os sacos. O Tomás seguiu o pai, entrou em casa e, enquanto o pai põe o pé fora da porta para pegar noutro saco, o pequeno bate a porta, ficando fechado, sozinho, dentro de casa. Procuro rapidamente pela minha chave de casa na mala: tinha ficado em casa. As chaves do pai estavam na fechadura, do lado de dentro. Bem, foi o pânico total: ele berrava, eu ligava desesperadamente para os meus pais e para o meu irmão para que trouxessem a chave suplente de minha casa, o pai tentava perceber como faria para entrar sem ser pela porta. Enfim, a minha mãe estava longe, o meu irmão não estava em casa, mas chegou em menos de 5 minutos (deve ter voado). Tentávamos acalmá-lo, mas estava desesperado. Bem tentámos abrir a porta com a minha chave, mas a porta é de alta segurança e com as chaves do pai na fechadura não conseguimos. Tentámos que ele tirasse a chave da fechadura e ele até tentou, mas o que conseguiu foi arrancar o comando da garagem. Não houve outra hipótese: o meu irmão trepou à varanda da nossa sala e estroncou a porta de correr da janela, que por acaso, muito por acaso, tinha o estore interior só até meio da janela e não tinha as protecções de segurança. Ele quando viu o padrinho batia à janela desesperado, tadinho.
Quando o meu irmão nos veio abrir a porta não quis vir ao nosso colo, tinha um novo herói! Só queria o meu irmão. Estava a pingar de suor e quase afónico.
Demorei um tempo a recuperar. Os miúdos fazem cada uma!!! Nem sei o que faria se o meu irmão não nos tivesse ajudado. Ainda me lembro disso sempre que abro a porta.
Outra coisa que percebi é que é muito fácil assaltar uma casa...todo o cuidado é pouco.
Na segunda lá foi para a escola, debaixo daquele calorão. Quando o fui buscar pingava, literalmente. Ontem só foi de manhã, pois quis evitar que lá ficasse nas horas de maior calor . À tarde começou com aquelas tosses dele e à noite lá fomos à CUF. Mais uma virose. Ontem custou a adormecer, apesar de ter iniciado o tratamento a tosse dominava-o. Ali fiquei toda a noite do seu lado. Hoje, graças a Deus, já está melhor.
E estes 3 dias têm-me recordado porque não gosto de verão: odeio a sensação de calor, de corpo suado, de desnorte! Irra...como gosto de temperaturas amenas. Chuvinha toda a noite, sim?