segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Longos dias...

E lá se passou mais um Natal!
E este vai ficar presente nas nossas memórias e não será pelos melhores motivos.
Vamos por partes:

Dias antes do Natal:

Fomos à primeira festa de Natal da escolinha do nosso filho, em que o petiz interpretou "A dança dos brinquedos", ou melhor dizendo, ficou muito pasmado a olhar para o público e a pensar "-Que é isto?". Foi tão giro, adorei: o cenário muito bem montado, tudo muito bem feito, os pais todos a babar, com lugar a Pai-Natal e distribuição de presentes e tudinho. Fez-me lembrar tanto as festas do colégio onde dei aulas durante 2 anos e da azáfama que era montar tudo aquilo, mas que era compensada com o feedback positivo dos alunos e dos pais. Adorei e para o ano voltaremos, certamente!
Dias depois, fomos novamente com o Tomás ao pediatra por causa da tosse. Como tinha secreções nos pulmões, o pediatra reforçou a medicação que toma rotineiramente (Seretaide e Singulair) e deu-lhe ainda o Aerius, bem como recomendou de novo Cinesioterapia Respiratória. E no dia seguinte lá começámos com as sessões. Não considero que seja assim tão eficaz, mas o pediatra aconselhou e nós fizemos. Na consulta ele havia falado em 10 sessões, por isso estranhámos quando a terapeuta ao fim de 3 lhe deu alta por considerar que os pulmões estavam limpos. Ficamos felizes da vida a pensar que finalmente nos tínhamos visto livres de ranhocas e tosse por uns tempos. Isto na 2ª-feira passada...
Na 4ª-feira rumámos a sul para passar o Natal. No dia seguinte, por volta da hora do almoço, ele começou a encostar-se muito a mim e fui tirar a febre e lá estava a dita. E assim, foi almoçar e correr com ele para mias um hospital em Lisboa. Fomos ao Hospital Privado dos Lusíadas. Se destestei a CUF Descobertas, adorei este hospital. Ao fim de 5 minutos estávamos a ser atendidos. O médico era experiente, muito simpático. Depois de analisar o meu filho ( e de tecer rasgados elogios à sua beleza, inteligência e simpatia-baba, muita baba), mandou fazer um raio-x e um aerossol. Começámos pelo último: foi uma animação, pois na sala havia um baloiço. Ele delirou. O raio-x, por seu turno, revelou algo que não esperávamos e quando o médico, sem grandes alarmismos, balbuciou a palavra "pneumonia" senti, por breves instantes, as minhas pernas ceder. Tranquilizou-nos, deu-nos antibiótico e disse que estava no início e que aquilo resolver-se-ia facilmente.
A noite de Natal:
Acabou por ser boa. A febre estava controlada. Fartou-se de brincar com os primos e aguentou-se fresco como uma alface até à hora de abrir os presentes. É muito diferente passar o Natal com crianças. É bom ver o entusiasmo que manifestam ao receberem as prendas. O Natal é mesmo deles, mesmo que os motivos (consumismo, materialismo) não sejam os mais nobres.E o Pai-Natal foi muito generoso. Eis a lista:
- Um livro com sons dos animais;
- Um barco pirata de construções;
- Caixa de construções "A quinta" da Fisher-Price;
- Camisola da Benetton;
- Sweat-shirt da Throttleman;
- Pantufas;
- 120 peças de legos da MegaBlocks;
- Xilofone de madeira (We have a winner!!!);
- Calças de ganga;
- Comboio de sons;
- Abelha dançante e cantante (música do Crazy Frog-já começamos a ficar com comichão quando a ouvimos)
- DVD do Kimba;
- 2 pares de collants;
- Dinheiro para o mealheiro;
- Copo de transição da Chicco;
- Casaco de malha + cachecol (hand made)
- Mais 2 prendas por abrir.
E ele apreciou abrir os presentes, foi engraçado.
O dia de Natal...
Acordou sem febre. Pensámos que o antibiótico estava a fazer efeito. O papá, porém, acordou com dores de garganta. Eram dores fortes e, como tal, resolveu dar um "pulinho" ao Amadora-Sintra. Pensámos: "é Natal, as pessoas estão para fora, vai ser rápido". Saiu de casa às 11h, regressou às 17h...acabámos por almoçar sem ele e sem o meu sogro. Hospitais públicos...nem vou começar, abomino, como já aqui o referi por diversas ocasiões. Cada vez que lá vou, reforço as minhas teorias. Enfim,...enquanto esperávamos, descobri que a febre do Tomás tinha regressado. O Ben-u-ron controlava-a, porém.
Não foi o dia de Natal perfeito. Quando estamos doentes (sim, para além do pai e do filho, estava que não me aguentava das costas) as coisas não podem ser vividas com grande intensidade. Mas foi um Natal em família, como manda a tradição. A tradição do sul, que em certas coisas é diferente da do norte, mas ambas são boas. Por exemplo, não se come farrapo velho no dia seguinte. O cabrito também não é o prato eleito do dia de Natal. Pão de ló também se acha ausente. E os bolinhos de bacalhau também. Mas não senti falta de nada disso, havia outras iguarias!
O após Natal fica para amanhã...sono, muito sono

1 comentário:

Sofia disse...

Oh que chatice!
Nós aqui também andamos adoentados, mas a Sra. Febre ainda não nos veio visitar...
Bjinhos e as melhoras dos teus homens