quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Uma tarde na Boavista

Na minha infância, domingo de outono que era digno do nome era passado na Boavista, onde tudo se passava na época, e culminava sempre numa pequena incursão pelo único shopping que havia na época: o Brasília. Aquilo era uma romaria, qual enxame em volta do mel.
Das tardes que lá passei, que foram esporádicas, recordo-me particularmente dos jardins da rotunda, do estalar das folhas desmaiadas no chão à nossa passagem, do cheiro das castanhas assadas, dos pregões das vendedoras de rua. Lembro-me das multidões que por ali passavam os serões de domingo, em dias distantes das avalanches de centros comerciais que invadiram a invicta.
Ontem tive a oportunidade de revisitar essas memórias. Há anos que não passava por ali a pé, há anos que não apanhava um autocarro, e gostei. Gostei mesmo. De repente tinha 10 anos e andava por ali, perdida nas minhas recordações de uma época tão feliz da minha existência.
Na verdade, muita coisa mudou, mas ao mesmo tempo, está tudo tão igual, tão familiar.
Resumindo, foi uma tarde bem passada!

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