sábado, 11 de setembro de 2010

Rotinas...

Esta semana foi de regresso às rotinas, para mim e para ele.
E logo no 1º dia saí da escola às sete da noite! Este ano será um ano muito violento: o meu horário é caótico, o pior de toda a minha carreira, com uma aula aqui e outra ali, dias em que entro às 8h saio às 10h e depois tenho um furo de 5h30 até à próxima aula, quase desmaiei quando mo entregaram em mãos; tenho EFA nocturno e ensino profissional, 7º ano e 10º ano, ou seja, alunos que dentro de 3 anos farão exames nacionais; para além, de ter 2 direcções de turma. Resumindo, vai ser lindo, a avaliar pelo programa das festas!
Continuando, estive toda a semana fechada na escola, de reunião em reunião, atrafalhada em papeladas e burocracias e, no in between, a fazer de tudo para que me alterem o horário, com exposições escritas e tudo. Já não sei que não vai valer de nada, mas que vão ter de levar comigo, ai isso é que vão!
O Tomás só foi à escola na 5ª-feira, porque os avós estão de férias e só foram de viagem a meio da semana e quiseram ficar com ele em casa. O regresso à escola foi, porém, emocionante. Todo o caminho ele ia dizendo: "-Mãe, à 'cola!" e fiquei admiradíssima quando lá chegamos, pois os colegas vieram recebê-lo e notou-se nitidamente que estavam muito felizes por revê-lo! Rodearam-no e depois houve de tudo: chamavam-no pelo nome, faziam festinhas, davam-lhe a mão, encostavam-se a ele! Comovi-me muito. Ele é o gigante do grupo, é o dobro deles em tamanho, mas pareceu-me que todos o adoram e isso deixa-me feliz.
A educadora é nova na escola e em idade, não achei muito afectuosa, mas pareceu-me muito atenta e preocupada. As anteriores eram ambas muito meiguinhas. Uma das auxiliares do ano passado manteve-se com o grupo e o Tomás gosta dela e, como tal, a adaptação correu muito bem. Comeu, dormiu e brincou, como se nunca estivesse estado quase 2 meses sem lá pôr os pés. Dos meninos da sala dele, que são 12, só o Tomás (ainda não contei, mas ele desfraldou em 3 semanas, de dia e de noite) e uma menina voltaram desfraldados e recebi rasgados elogios, e tendo em conta que a outra menina é mais velha 3 meses do que ele (aliás o Tomás é o 2º mais novo da sala), a satisfação sai reforçada. Fiquei orgulhosa e babada!
No dia seguinte, porém, saí de lá de coração partido: ele gritava agarrado a mim, e no olhar dele lia-se: "- Ajuda-me, mãe, não me deixes aqui!". Fiquei de rastos.Então no dia anterior ele ficou tão bem e agora fica naquele pranto? Quando o fui buscar, porém, estava super bem disposto! Mas não deixa de ser um facto que durante todo o dia aquela imagem de um profundo desespero me tenha acompanhado ao ponto de não me conseguir concentrar.
Hoje estamos os dois adoentados: eu tusso como se não houvesse amanhã; lá na escola está tudo em pantanas, é pó por todo o lado por causa das obras da Parque Escolar; na 2ª feira às 8h da manhã serei uma das 1ªas professoras a estrear um pavilhão novo e nem quero pensar no estado em que vou sair de lá; ele, bastaram 2 dias de escolas, e já está com ranhocas e tosse. Como foi à natação, a porcaria já começou a sair e pode ser que melhore.
E está na hora da sesta, que será compartilhada, estou completamente dopada pelo Fenistil!

3 comentários:

mãe pimpolha disse...

As melhoras.
Beijocas

IsabelCunha disse...

As melhoras e espero que consigas alterar o horário.
beijocas

Mary disse...

Espero que consigas modificar o horário... o meu olha... nem bom nem mau...
Bjs