Fui logo no primeiro dia. Não deixei de me impressionar com o aglomerado de gente que se viu pelos centros comerciais nesses dias. No Norteshopping era um pandemónio! Estive 45 minutos na H&M para pagar duas t-shirts, depois de estar 15 minutos na fila para as experimentar. Não foi só pelo número de pessoas que lá estavam, é que só uma senhora teve uns 20 minutos na caixa, porque levou seguramente uns 30 a 40 sutiãs (What????). Na Zara cheguei a entrar e a pegar numa blusa para experimentar, mas quando vi que nos provadores estariam no mínimo umas 25 pessoas na fila desisti e vim-me embora. E o calor? Insuportável!
E fui três dias depois à baixa do Porto na esperança de que tudo seria mais tranquilo e até levei o petiz comigo. A ideia era lancharmos por lá e aproveitar para levá-lo a passear de metro, que adora, e mostrar-lhe as decorações de Natal que ainda não visto. Mas era a mesma loucura, aliás não me lembro de ver a baixa assim. Acabei por ver muito pouca coisa, não queria expor o meu pequeno aquelas confusões. Conclusão: comprei por impulso, a olhometro, e trouxe uma blusa gigantesca que mais parecia um lençol, que fazia de mim uma matrafona da pior espécie, e um casaco com um furo, bem a frente que qualquer míope identificaria. Resultado: tive de ir mais um dia aos saldos para fazer as devidas trocas.
Resumindo e concluindo, entramos em modo de histeria com os saldos e nem sempre fazemos boas compras. Até fui bem comedida por estes dias e não deixo de me espantar que, com a crise que estamos a atravessar, haja tanta gente a comprar, muitas vezes, a gastar por gastar. E as lojas mais caras são sempre as mais frequentadas e apinhadas. Também lá andava é certo, mas não me daria a certos comportamentos injustificáveis. Afinal, é só roupa. E lá vão as tias, maquilhadas como se fossem para um casamento e perfumadas ao ponto de criar náuseas até aos mais resistentes, pagar peças de 15 euros com cartão de crédito. Fico abismada. São formas de estar, há de fazer-se o quê? Tudo pela imagem e pela aparência, nem que isso implique atar um laço ao pescoço. E o ar petulante das senhoras, de puro enjoo? Uma lástima.
A parte mais triste da história é que, segundo alguns comentadores, muitas lojas estão a aproveitar a época para escoar os stocks e depois dos saldos fecharão. Mais desemprego, uma tristeza.
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