As festas de entrada no ano novo lá se passaram, em casa e em família, à lareira, a comer como se não houvesse amanhã, como eu gosto de as passar.
O novo ano começou mal, muito mal, comigo a invadir a farmácia ainda não eram 10h da manhã, porque o piolhito estava inundado em ranhocas e com uma tosse de fugir. E vai daí toca a tomar mais uma embalagem de Oscilocco...qualquer coisa, que resulta mesmo!!!
Não bastasse este celeuma, pesei-me à noite e mais 3 kg na bagageira! Estava-se mesmo a ver que a gula ia dar nisto. Nada de grave, mas de repente dei por mim a imaginar-me a sair do mar com banhas a cair de cada lado do biquini e digo-vos, não foi uma imagem bonita de se ver. E o que faz uma mulher perante a humilhação do espelho? Vai ao aniversário da avó ´no dia seguinte (87 aninhos) e come rissóis, pão, bolo, cabidela...e a saga continua, com quilos extra alojados nas ancas e no pernil!!
Estas reuniões familiares são escassas, mas caricatas. Todos se sentem no direito de se meter na vida alheia, opinando sobre o nosso futuro, como se lhes tivessemos pedido conselho. Até ao Tomás nascer a perguntar era "quando arranjam um filho?", que desta vez deu lugar a "quando têm o 2º filho?". E a resposta é sempre polida e politicamente correcta, ah e tal estamos em crise, ainda não é o momento, instabilidade nos empregos, blá, blá, blá, mas o que das profundezas da alma quer emergir é "o que têm que ver com isso? Sabem lá se quero mais filhos? E se se metessem na vossa vidinha?". Isto irrita-me solenemente. Não somos todos carneiros e não tenho de prestar contas dos meus intentos a ninguém.
Festas acabadas,chega a hora do tradicional cliché de New Years' resolutions, que é como quem diz promessas que fazemos a nós próprios, desejos que lançamos no ar, imperativos de mudança e que no meu caso raramente se cumprem.
Que este seja um bom ano, pelo menos melhor do que o pintam. Já não seria nada mau.