Olá a todos os que nos visitam!
Finalmente arranjei um tempinho para vir ao meu cantinho. Isto de ser mamã e tomar conta de um bebé não é pêra doce e tem muito que se lhe diga.
Mas vamos ao início: o parto. Correu tudo bem, mas não foi nem de perto nem de longe aquilo que havia imaginado. No dia 17 de Julho entrava na Ordem da Lapa no Porto (recomendo, sem dúvida alguma!) para pôr o meu tesourinho no mundo. Quando lá cheguei estava muito tranquila, tinha dormido bem de noite e apesar de saber que daí a 2 horas teria o meu Tomás nos braços estava muito relaxada. Fizemos o "check-in" e fomos encaminhados para o nosso quarto. Um verdadeiro hotel, é o que vos digo. Tivemos no quarto onde dias antes havia sido realizado o primeiro parto na água numa maternidade em Portugal, achei engraçado ter-nos calhado logo esse! A parteira chegou e começou a preparar-me para o bloco. Conversamos muito, ela é realmente um doce. O tempo passou rápido e eis que toca o telefone do quarto para descermos para o bloco. Quando o telefone tocou senti um friozinho na barriga e sem me sentir nervosa não percebi porque estava toda a tremer. Chegada ao bloco comecei a ter a percepção de que havia chegado mesmo o momento. Foi tão estranho, as luzes, aquelas pessoas todas de volta de mim, enfim, parecia que estava num filme. Chega a minha GO super bem disposta e a equipa médica. O anestesista, um amor de médico, começa a preparar-me para epidural, que não custou mesmo nada a tomar. Depois, entra o meu marido todo equipado a rigor e deu-se início à cesariana. O meu lado esquerdo estava adormecido, mas ainda sentia o lado direito. Após algumas tentativas, pareceu-me que já não sentia dor. Começam a cortar e comecei a sentir dor novamente. Só dizia: "Dr., está-me a doer!" (mais tarde vim a saber que naquele momento a minha barriga já estava toda aberta!). A equipa médica parou de imediato a minha GO disse que eu estava a precisar de um leitinho. O leitinho de que ela falava era a morfina. Sei que depois de a levar só tive tempo de dizer: "Dr., está a dar-me anestesia geral?" e...apaguei. Minutos mais tarde acordei e já o meu Tomás berrava!!! O pai, quando eu apaguei ficou aflito e precisou de sair dali. Pensou que eu não estava bem, tadinho! Apesar de não ter ouvido o primeiro choro do meu pequeno acho que foi melhor assim, não passei pela ansiedade de estar com o stress desse momento. A minha GO disse-me que mal saiu berrou logo e que tinha ali um rapagão. Depois de acordar ainda disse: "Não acredito que adormeci!", mas não tive tempo de dizer mais nada pois trouxeram-me logo o meu Tomás, que mal me viu acalmou do choro. O meu marido disse-me que as minhas batidas cardíacas dispararam no visor quando vi o meu princípe. Lembro-me, apesar da droga, da sensação mágica que me invadiu. Seja que tipo de parto for, aquele momento em que nos olhamos pela primeira vez é indiscítivel e imcomparável a qualquer outra sensação. Depois, colocaram-no ao meu lado todo embrulhadinho, deixou logo de chorar e abriu os olhinhos para me ver. Foi tão lindo! E assim, subimos para o quarto e nunca mais nos separamos até virmos para casa!
O dia a seguir foi pior, pois ao fazer o levante perdi os sentidos momentaneamente e não fosse o marido estar ali tinha caído no meio do chão. Acabei por recuperar bem e ao fim de 3 dias estava a fazer a minha vida quase normalmente. Neste momento estou muito bem, já perdi todos os quilos que ganhei durante a gravidez e quase não tenho qualquer barriga. A minha cicatriz é praticamente invisível, é mesmo uma linhinha.
Quanto ao meu Tomás, é um menino muito lindo e fofinho. Na primeira semana engordou quase 400 gr e cresceu 1,5 cm. É um rapagão, mas muito traquina! Com 12 dias fomos duas vezes no mesmo dia ao médico. Primeiro, pareceu-nos não estar a respirar bem. Fomos ao pediatra dele, um médico excelente, jovem e muito atencioso, que nos disse que ele estava óptimo e que o ritmo respiratório acelerado que de vez em quando ouvíamos era naturalíssimo. Nessa noite, acordámos às 3h da manhã com o Tomás a fazer uns ruídos e quando nos aproximamos dele estava cheio de espuma na boca e roxo. Os meus sogros estavam cá me casa, deitamo-lo de cabeça para baixo e batemos nas costinhas dele, mas ele não estava a reagir. Chamámos o 112 e quando chegaram ele já estava melhor. Mesmo assim, fomos às urgências pediátricas. Tudo indica que tenha tido um refluxo gástrico. O pediatra diz que é uma situação comum e que na consulta de 1 mês vamos fazer uma eco para ver se está tudo ok. Em princípio, ter-se-á tratado de um episódio isolado, mas não ganhamos para o susto. Nos 2 dias que se seguiram passei o tempo todo a chorar, fiquei mesmo traumatizada. Deus me livre de voltar a passar pelo mesmo! Coração de pai e mãe sofre. Agora o maior problema têm sido as cólicas. Já anda a tomar o Colimil, mas parece não estar a resultar. O pediatra mandou-nos experimentar o infacol. Nem sei onde vou arranjar este medicamento, não tem autorização de venda em Portugal, apesar de existirem farmácias que o têm. Vamos ver no que isto dá! Fica pior de noite e, por vezes, ficámos desesperados quando o vemos a chorar de dores e contorcer-se todo. Há-de melhorar, se Deus quiser.
E pronto, são as nossas notícias.
Obrigada pelas vossas mensagens tão carinhosas.
E vou-me, o princípe acordou e quer a maminha, que felizmente brota leitinho com fartura!
Beijocas e bom fim-de-semana