Último filme que vi

Não sou propriamente fã de cinema francês, mas gostei muito deste filme:

A festa de aniversário

Confesso: não sou muito dada a fazer bolos, muito menos de aniversário. Este ano, porém, arregacei as mangas e deitei mãos à obra! Fiz o meu primeiro bolo artístico, decorado, ou como lhe queiram chamar. Comprei as pastas e cortadores numa loja desses produtos aqui da zona e ainda contei com a ajuda da senhora da loja que, ao perceber que eu era completamente aselha nestas andanças, me foi dando algumas dicas sobre a forma como havia de montar a coisa. E 4 horas  depois, muitos "porque-é-que-me-meti-nisto" e "nunca-mais-me-meto-noutra", arrufos com o meu ajudante (marido), cozinha em estado-de-sítio, suor a pingar em bica, bolo que nunca mais cozinhava, voilá, estava pronto!

Não estava nada mal para a primeira vez! Mas os 50 euros que paguei pelo último bolo deste género que comprei passaram a ser compreendidos, que trabalheira!

E.T. phone home!!!

Ora, uma das coisas que mais tenho lido por estes dias na blogoesfera (é assim que isto se escreve?) é "adoro o verão", "não há nada melhor do que o verão", "espero que este tempo seja para ficar", blábláblá. E eu penso: devo ser de outro planeta!!! Não deve haver muita gente a pavonear-se por este cantinho do universo a que chamamos "Terra" que deteste tanto o verão como eu...(até tenho medo de escrever isto).  Onde quase todos vislumbram virtudes, eu vejo catástrofes! E numa viagem introspetiva tentei perceber como, onde e porquê comecei a detestar o verão! 

Primeira teoria: nasci em pleno inverno ou não fosse eu nativa de Peixes! A minha adaptação ao planeta azul deu-se nesse contexto, logo é o ambiente com o qual os meus códigos se identificam. Mas logo concluí que também não gosto lá muito do frio extremo.

Segunda teoria: houve algum episódio de infância que me marcou e foi no verão! Não, infância muito feliz, graças a Deus!

Terceira teoria: sou branca, de um ebúrneo de cal, e não gosto de ver corpos acastanhados! Não, também não, até gosto de os ver na maioria das pessoas!

E então? Descobri que não tenho nenhuma teoria. Simplesmente não gosto do desconforto provocado pela sensação de pele a arrepanhar, de calor no rosto, de suor a pingar em bica, de esfolar as mãos no volante do carro, de chegar ao emprego com ar de camarão, de arfar em vez de respirar, de me enclausurar em casa das 11h30 às 16h30, de beber água como se não houvesse amanhã e de ir à casa de banho de 5 em 5 minutos, de ter de fazer a depilação de 15 em 15 dias, de ter os pés sempre arranjados (not),de ter de sair de casa simplesmente porque com-este-tempo-tão-bom-não-podemos-ficar-em-casa.  Enfim, o verão é uma canseira e, tirando as frutas e os momentos passados em família, por mim podia acabar amanhã. Se pudesse era só primavera e outono, mas há que ter paciência! 

4º aniversário

Parabéns meu amor pequenino!
Não sei como já passaram 4 anos. Foste o meu melhor presente!

Um dia feliz para ti!

Quando for grande ...

... quero um destes! Só custou 3000 libras! Coisinha pouca!

O cúmulo da ignorância é ...

... alguém sujeitar-se (e sujeitar crianças) a fritar ao sol na praia só pelo culto do bronze. Não suporto ouvir as pessoas falarem de ficar bronzeado como se tratasse da coisa mais fundamental da sua existência.  E hoje ouvi várias colegas minhas deprimidíssimas pelo tempo não permitir umas idas à praia e assim nunca mais conseguirão ficar morenas. Com tantas coisas interessantes para fazer...parece-me tudo uma questão de status! Ainda gostava de saber como começou esta paranóia coletiva de esturricar ao sol. Que pobreza de espírito!

Entre o babanço e a preocupação

Sexta-feira é o dia da semana em que estamos autorizados a entrar na sala quando o vamos buscar. O argumento de não nos ser autorizado entrar todos os dias na sala é "não perturbar o trabalho pedagógico", coisa que me causa uma certa comichão, porque quem acredita que numa sala de pré-escolar haja "trabalho pedagógico" às 17h00? Tudo isto é discutível, mas desagrada-me esta falta de transparência. Tenho para mim que é uma manobra para os pais não verem o que realmente se passa e isso traz-me uma enorme desconfiança. Não sei se é comum a todos os estabelecimentos, mas, coincidência ou não, todos os que visitei tinham esta regra.

Assim, na sexta-feira passada lá entrei na sala e vi o meu filho agarrado ao computador que têm na sala. Ora, tendo em conta que o petiz anda um tanto obcecado com as tecnologias muito por causa de uma wii que apareceu cá por casa, perguntei à educadora se achava que ele andava mais agarrado ao computador. A resposta trouxe-me a boa nova que ele nem liga muito ao computador e que o gosta mesmo é de outro tipo de brincadeiras, como montar puzzles, ler histórias e fazer corridas de carros, que gosta de brincar, o que é muito bom pois a maioria dos meninos de hoje em dia não sabe brincar, segundo ela, porque muitos pais não têm tempo e é muito mais fácil pôr os filhos em frente a um computador do que alinhar em brincadeiras. E no meio da conversa diz-me ela assim: 

"- Sabe mãe, há dias a professora da Ciência Divertida esteve a falar comigo sobre o Tomás!"

"-Ai sim? E então?" (E só pensava para mim: o que é que ele fez?)

"- Ela vinha muito estupefacta porque descobriu que o Tomás sabe ler! E eu fiz o teste e ele praticamente já lê tudo sozinho."

"- Eu já me tinha apercebido que ele conhece muitas palavras, mas acho que ele memoriza tudo e depois reproduz!"

"- Pois, ele tem uma memória fantástica! E não é só para as letras, também é muito bom nos conceitos matemáticos. Sabe coisas que muitos de 5 não sabem."

E a conversa continuou. A maioria dos pais ficaria eufórica com esta capacidade de aprender tudo rapidamente, até porque todos nós queremos que os nossos filhos sejam lindos, inteligentes e felizes. Mas, como dizia uma mãe da blogosfera, não há nada como a normalidade. Ele é intenso, pergunta muito, quer saber tudo, mas não quero que caia em frustração futuramente. O conhecimento é o que distingue o homem, mas acima de tudo quero apenas que seja feliz. Tantas preocupações e ele ainda tem 3 anos!

Licenciatura de Miguel Relvas

É por esta e por outras que penso o que penso do ensino superior privado!
Enfim, inqualificável! E  estes senhores ainda têm a lata de falar dos cursos das Novas Oportunidades! E todos apontam armas ao ministro (e muito bem), mas esquecem que houve uma (pseudo)universidade que lhe atribuiu o título! Vergonhoso!

Onde vamos parar?

Enfermeiros pagos a 4 euros hora? Isto é pagar para trabalhar! Nem a senhora da limpeza leva esse valor!