Custa-me aceitar que ele já fez 3 anos. É como se uma parte de mim não quisesse que ele deixasse de ser o meu pequenino. Queria mantê-lo junto de mim sempre e a cada ano que passa sinto que ele me escapa, como fios de areia por entre as mãos. Os filhos são do mundo...mas também são o nosso mundo...e queria tê-lo debaixo da minha asa, dormir abraçada a ele, ouvi-lo sempre dizer "és uma princesa!". Um dia ele vai querer outra princesa e por isso há que aproveitar. E aproveito, com nostalgia e felicidade, num misto de masoquismo e esperança.
Quero que me recorde sempre como uma mãe companheira, que esteve do seu lado nos bons, nos maus momentos, que viveu as suas tristezas e alegrias como se fossem suas, que de tudo abdicou por ele, para ele, com ele. Luto todos os dias para ser para ele tudo aquilo que desejei que fossem para mim...tenho conseguido sê-lo e espero que um dia ele me veja, que tenha as melhores recordações da nossa vivência e que saiba que o meu abraço é a sua bóia, aquela que o mantém à tona.
Certo dia disse a uma amiga minha que hesitava em ter um filho que achava que uma mulher só conhece o verdadeiro amor, aquele sentimento incondicional e abnegatório que nada exige, quando é mãe. Hoje sei-o na primeira pessoa.
Obrigada, meu filho, por seres a minha luz! Por me ensinares todos os dias que as coisas mais simples da vida são as mais belas, as mais verdadeiras.
